Este é o meu cantinho para reflexões bíblicas . "remindo o tempo, porquanto os dias são maus." Efésios 5:16

quarta-feira, 7 de março de 2012

Não, este não é o meu Jesus

“Chegando-vos para ele, a pedra viva, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa.” I Pedro 2:4

Durante a minha leitura de ônibus, deparei-me com este versículo e comecei a meditar: Jesus foi rejeitado pelos homens. Se Ele foi rejeitado, também serei pela confissão da minha fé genuína nEle. Naquele tempo, a maioria das pessoas não aceitava as Palavras do Reino, infelizmente, somente poucos se tornaram seguidores fieis de Jesus Cristo.

Observando este mundo gospel (e o católico, espírita etc.), percebi que estão se pregando um outro Jesus, ou seja, um Jesus que muitos estão aceitando: é o Jesus na manjedoura (Natal), é o Jesus da Sexta-Feira Santa, é o Jesus do Corpus Christi, é o Jesus Cristo superstar, é o Jesus 10, é o Jesus que comanda isto aqui (Marcha pra Jesus), é o Jesus nas noitadas gospel, é o Jesus do “arraiá”, é o Jesus que abençoa (desde que você dê a Ele também uma “generosa oferta”, por exemplo, de 1.100 reais)... ufa, são tantos que nem sei qual escolher o melhor (rs).

Estes são os outros Cristos profetizados pelo Senhor em Mateus 24:24: “Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.”

Jesus Cristo estava, sim, com pecadores, mas não compactuava com o pecado destes. O nosso Senhor odiava a idolatria, por isso, não pode estar presente em um local onde haja tal coisa (não falo só da Igreja Católica, mas também de certos apóstolos que querem ser chamados até de “pai”, vê se pode?). O meu Jesus não gostava de bagunça e de oba-oba, tanto que ele acabou com isto no Templo (Mateus 21:12-13). Portanto, este não é o Jesus descrito em I Pedro 2:4.

O meu Jesus foi rejeitado e humilhado pelos homens; estes aí em cima são apenas “enfeites de festas”. O meu Jesus é digno de uma verdadeira adoração, em espírito e em verdade (João 4:24), com ordem e decência (I Coríntios 14:40).

Percebo que muitos escolhidos caíram nos discursos destes falsos cristos pregados por aí, não tendo o cuidado de observar a Palavra da Verdade, podendo até perder a Salvação. Ainda dá tempo de se arrependerem de seus pecados. Voltem-se para o verdadeiro Cristo que receberão a vida eterna.

Enfim, não quero estes “Jesus” apresentados com laços de presente, com roupas estilosas, com promessas financeiras, ou seja, o falso. Quero o verdadeiro Salvador da minha alma, que disse que eu passaria por tribulações para a provação da minha fé (I Pedro 1:6-7), prometendo que algo melhor há de vir.

terça-feira, 6 de março de 2012

Dízimos: a verdade segundo a Bíblia (parte 2)

Nós aprendemos na primeira parte de Dízimos, a verdade segundo a Bíblia, sobre as diversas formas de ofertas e dízimos que o povo judeu deveria dar e sobre o destino dos dízimos. Neste post, vamos aprender mais sobre o livro de Malaquias, pois é lá que se encontra a famosa citação sobre o dízimo e, por ser mal aplicada, muitos a temem.

Para quem não sabe, profeta era uma pessoa escolhida por Deus e, com o Espírito do Senhor, profetizava ao povo de Israel para arrependimento, consolação. Malaquias foi um destes profetas de Deus; suas profecias estão registradas no livro homônimo, o último do Velho Testamento.

O livro de Malaquias inicia com o seguinte versículo:


“Sentença pronunciada pelo Senhor contra Israel, por intermédio de Malaquias.”

Ora, entendemos neste livro, as atitudes do povo de Israel era reprovada pelo Senhor, pois não andava de acordo com a Lei do Senhor (Êxodo, Levíticos, Números...). Neste livro, há uma série de reprovações do Senhor:

• Os sacerdotes não estavam cumprindo corretamente o ritual do tabernáculo, trazendo animais defeituosos como ofertas sacrificiais (v.6-14). Mesmo tendo animais sadios, era oferecido o defeituoso.

• Infidelidades conjugais (v.10-16).

• O roubo dos dízimos e ofertas (v.6-12)



Quanto ao último item, o Senhor estava se referindo aos dízimos citados em Levíticos 27-30-32 e às ofertas no decorrer do livro de Levíticos.
Lembremos que este livro foi escrito na época da Lei. Jesus ainda não tinha nascido para trazer o Novo Testamento. Em livros como Romanos, Gálatas e Hebreus, é mencionado sobre a ineficácia da Lei, dizendo até que a sua prática era maldita(Gálatas 3:13).

Gálatas é um livro que deve ser meditado, pois relata sobre os israelenses que queriam continuar a praticar a Lei (neste caso, referia-se à circuncisão, mas podemos citar toda a Lei, como as diversas ofertas e os dízimos). Segundo seu autor, Paulo, não há necessidade de praticar de novo a Leis, pois o Novo Testamento já é completo; é pela fé no Filho de Deus (Gálatas 2:20). Então, não devemos mais nos preocupar se estamos praticando obras da Lei, como os israelenses do livro de Malaquias (devolução dos dízimos, que é o mais citado dentre os evangélicos), mas, se estamos continuamente praticando aquilo que Jesus nos ensinou (saiam do Velho Testamento e leiam o Novo Testamento, por favor!!).

Portanto, no livro de Malaquias, estão relatados todas as reprovações do Senhor quanto à prática da Lei, lembrando que Jesus não havia nascido ainda, e que agora, com a Justiça de Deus através de Jesus Cristo, não há necessidade de nos preocuparmos em verificar se estamos fora da Lei, pois agora vivemos na fé do Filho de Deus.