“Até a presente hora padecemos fome, e sede; estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e o suportamos; somos difamados, e exortamos; até o presente somos considerados como o refugo do mundo, e como a escória de tudo.” I Coríntios 4:11-13
Esses versículos parecem a descrição de pessoas condenadas, presas por cometerem crimes bárbaros, que merecem a pena máxima por seus delitos. Mas, na verdade, é a descrição de um grupo de cristãos que leva a mensagem de Cristo, amando a Verdade até a morte, não se importando com o que o mundo acha.
Como puderam ler, a descrição de um verdadeiro cristão não é tão linda assim, ao contrário das aparências da maioria dos evangélicos que vimos por aí. Eles cantam e pregam vitória financeira e na vida amorosa, dizem para pisar nos seus inimigos, ostentam e desejam luxos que afirmam ser “o melhor dessa terra”, querem fama e aceitação das pessoas tanto evangélicas como ímpias – e estão conseguindo. O que eles não sabem é que essa imagem foge do padrão cristão: por amor ao evangelho, não seremos bem vistos.
O que me chamou mais atenção nesses versículos foi a palavra “escória” que, segundo o dicionário de língua portuguesa, significa “coisa desprezível”. Sabendo disso, o verdadeiro cristão, que ama a Verdade e despreza o mundo e suas paixões, deveria ser considerado desprezível, persona non grata. Mas eu só vejo personalidades do mundo gospel sendo aplaudidas por muitos; daí eu penso: será que são verdadeiros cristãos? Pois não vejo elas serem desprezadas por honrarem a Verdade, mas, por amarem a si mesmos, são até “idolatradas”.
Percebo que os evangélicos não aceitam mais as marcas de Cristo, mas a aparência de engano, tornando-se igual à igreja de Laodiceia, descrita em Apocalipse 3:14-22: Uma igreja morna (falei sobre o assunto aqui). Isso é perigoso, pois uma igreja morna não está atenta aos sinais da volta de Cristo, podendo até não ouvir o toque da trombeta.
Por isso, devo estar atente se as minhas atitudes cristãs deixam muitas pessoas (evangélicas ou ímpias, pra mim é tudo igual!) com cara torta ou querendo até minha amizade. Se eu não estiver agradando, com certeza estarei agradando o Autor e Consumador da minha fé: Jesus Cristo. Será que sou a escória desse mundo ou a alegria de muitos fãs de músicas evangélicas ou de pregações sobre vida próspera?
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