Quem é trintona como eu se lembra do Dominó, grupo de quatro rapazes que emplacou sucessos musicais na década de 1980 e 1990. Dos quatro, um deles se tornou pastor evangélico: o Nill.
O ex-cantor concedeu uma entrevista que, confesso, gostei muito, pois ele credita Jesus Cristo como o seu salvador e libertador, afirmando que a fama não trouxe felicidade. Vejam um trecho da entrevista e, quem quiser lê-la toda, cliquem aqui.
iG: Como está sua vida hoje?
Nill: Estou bem, graças a Deus. Desde que retornei para Cristo em 1993, muita coisa mudou em minha vida. Hoje ocupo meu tempo com a divulgação do Evangelho de Jesus Cristo por todo o país, com meu trabalho voluntário em minha igreja local (Curitiba) e com minha profissão. (Nill é Pastor Voluntário e Líder do Ministério dos Homens da Primeira Igreja Batista de Curitiba e Pastor Voluntário do Ministérios Advogados Cristãos e Amigos).
iG: Está casado? Tem filhos? Nill: Já fui casado e não tenho filhos.
iG: Você diz em seu livro “Nill – Nova vida ao lado do Salvador” que foi criado para ser o “homem da casa” e não demonstrar fraqueza. Desde pequeno foi muito cobrado e todos esperavam muito de você. Você se sentia obrigado a permanecer no Dominó?
Nill: De fato, durante os últimos anos no grupo – quando eu já manifestava o desejo de abandonar a carreira artística – eu permaneci mais por pressão externa do que por vontade própria. Foi difícil mudar de profissão, o que, na época, representou abandonar meu estilo de vida, devido aos contratos firmados e à questão financeira. Eu era bem remunerado.
Nill: De fato, durante os últimos anos no grupo – quando eu já manifestava o desejo de abandonar a carreira artística – eu permaneci mais por pressão externa do que por vontade própria. Foi difícil mudar de profissão, o que, na época, representou abandonar meu estilo de vida, devido aos contratos firmados e à questão financeira. Eu era bem remunerado.
iG: Deu para ganhar muito dinheiro com o Dominó? Nill: Não ganhei tanto dinheiro como as pessoas imaginam, mas, graças a Deus, pude fazer meu pé-de-meia.
iG: No livro você conta também que queria ser médico, que não tinha o menor interesse em música, e que foi obrigado a fazer aulas de violão. Se lembra quando foi a primeira vez que tomou uma atitude por contra própria? Nill: Não me interprete mal, eu não fui um robô. Fiz parte do grupo Dominó e me dediquei à carreira artística porque achei que seria bom para mim e realmente foi. Mas essa sensação de liberdade que você menciona, eu realmente só senti depois que entreguei minha vida a Jesus Cristo. Agora, por exemplo, é muito bom responder às suas perguntas porque eu quero e não porque algum executivo me obriga a isso.
iG: Você sente falta da fama? Por que?
Nill: Não sinto falta da fama, ela trouxe mais aspectos negativos do que positivos para a minha vida. Na época do estouro do grupo, eu não tinha liberdade, não conseguia ir a lugares públicos sem ser incomodado. Além disso, muitas pessoas se aproximaram de mim pelo meu dinheiro e sucesso, sem se importar com quem eu realmente era. Hoje vivo muito mais feliz do que antes. Ainda sou reconhecido por causa do sucesso que tive na adolescência, mas as pessoas são muito mais respeitosas. O que às vezes incomoda é encontrar pessoas que esquecem que o tempo passou e que já não sou mais aquele adolescente do grupo Dominó.
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Fonte: iG