Cheguei em casa de Mariazinha. Era uma tarde fatídica de sábado. Ela em sua cama amargava as dores de seu câncer em estágio extremamente avançado. Chegara lá convidado por algumas irmãs a fim de orarmos com ela.
Sua situação era realmente dramática. Consternado, abri a Bíblia e comecei a meditar com ela a respeito de Deus. Disse-lhe com todo amor que Deus poderia curá-la, ou não. Se este último fosse o caso, perguntei como estava sua alma e se ela estava preparada para se encontrar com Deus. Diante de seus lacrimejantes olhos, expus-lhe o plano de salvação. Ao terminar seus olhos outrora lacrimejantes, agora derretiam-se em lágrimas.
Orei com ela e me dispus a ir embora. Antes que pudesse deixar o quarto, fui abordado por seu pai:
- Quanto é pastor?
Assustei-me com a pergunta.
- Isso eu faço de graça - respondi - é minha obrigação.
De assustado passei a indignado ao ver os “diplomas” e “recibos” de promessas e campanhas promovidas por alguns “pastores” que lá estiveram antes de mim. "Pastores" que em troca de promessas de cura milagrosa e de profetadas toscas, “aceitaram” uma “ofertazinha”.
- A senhora foi assaltada - eu lhe disse – isso não é coisa de Deus. O que fizeram com a senhora foi trapaça, sinto muito.
Após sua confissão e entrega a Cristo, orei com ela e me dispus a ir embora. À medida que fui me retirando, ia se aproximando uma “pastora” daquelas que já estivera ali anteriormente. Com o coração cheio de fé Mariazinha bradou:
- A senhora pode voltar da porta mesmo. O que eu precisava receber de Jesus, recebi hoje.
Às 5hs da manhã desta segunda-feira, dormiu Mariazinha. Descansou nos braços do seu Salvador. Não precisou pagar nada. Não precisou “votar” nada. Seu único passo de fé foi render-se à verdade. Caiu nos braços da graça, de graça.
Fonte: Genizah
Infelizmente, esta história é verídica. Mas, graças a Deus que esta senhor teve um encontro com o Senhor Jesus e creio que hoje ela está no Seio de Abraão, aguardando o estrugir da trombeta.
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